A perna chacoalha, o cenho franze, a raiva chega a galope, a adrenalina é descarregada, o coração abre a janela e a decepção dá o ar da graça, sorri, e ao espreguiçar, a tristeza vem em tsunami.
Silêncio.
Tu, tu, tu, tu... A ligação sempre cai. O sinal sempre falha. O fio não alcança. A Torre derrete.
O guarda-roupa espera terminar de ser organizado.
A caneca continua quebrada.
O urso continua rasgado.
O relógio continua andando.
A vida lateja, inflamada e dolorida, tal qual a laceração na derme e epiderme.
O vômito de palavras nem sempre traduz fidedignamente a verborragia eloquente de tantos sentimentos concomitantes.
Os olhos pesam. O cigarro chama. O corpo não obedece. A cabeça é refém do coração. O coração encontra-se pior que rua em final de feira.
A vida não pára.
Nem fodendo. Nem no celibato.
Ela não pára