Passam as
horas, as pessoas, os dias, as semanas, os meses, os anos, as palavras, as
oportunidades, as ideias. O que ontem era silêncio, hoje é explicação. O que
hoje é grosseria, amanhã será compreensão. O silêncio que poupa, é o mesmo que
exaspera. A omissão que deixa a resposta subentendida, é a mesma que dá asas à
imaginação – quase sempre para o lado mau. A boca que “morde”, é a mesma que “assopra”.
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O tempo.
Ah, o tempo... Ele passa, atropela, esmaga, adormece, leva embora sentimentos e
lembranças, traz à tona situações e explicações. Ele nunca se ajusta ao nosso tempo. É senhor de si, dono das
respostas e das dúvidas, dos punhais e das pétalas. Creio que se o tempo
tivesse signo, seria capricorniano.
No meio
desses furacões compostos pela vida em si, servidos em bandejas de ouro pelo
tempo e lentamente degustados pelos nossos sentimentos, creio que só nos caiba
resiliência e compreensão. O tempo não pára para amarrarmos os cadarços que a
vida desamarrou. A vida não tem cuidado com o que irá nos trazer e com o tempo
que levará para ferir ou cicatrizar.
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