domingo, 2 de julho de 2017

Crônicas do Cotidiano XIX - Redefinindo Configuraçoes

Depois que minha Mel me deu adeus, atribuí nova importância aos fatos da minha vida, às relações, ao tempo e à vida.
O que é um ego ferido diante de um coração dilacerado? Nada.
O que é uma relação de mão única? Pura perda de tempo.
O que significa um abraço? O coração do outro batendo junto ao meu, dividindo a dor ou a alegria. 
Quem são amigos? Aqueles que te fazem gargalhar no segundo dia mais doloroso da sua vida.
O que é o ciúme, diante do verdadeiro amor? Pffff....

Precisei dessa perda para poder compreender que a vida, as relações e os sentimentos são muito maiores do que sempre enxerguei; para compreender que uma migalha será sempre uma migalha, pertencente ao chão e hóspede da sola do sapato, que também a destrói; que amigos são aqueles que, mesmo nesse frio de 11°C de Sampa, conseguem me fazer sentir o coração quentinho, seguro e aconchegado; que o amor sempre vence o medo e os traumas; que o carinho, às vezes, vem de onde menos se espera; que a dor é opcional, pois uma perda pode ser vista como libertação.

A vida é rica e preciosa demais para ser desperdiçada com coisas e pessoas pequenas.

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